sexta-feira, 7 de março de 2014

Drogas: Informação é Prevenção

Abordagem Conceptual
As dependências são um fenômeno multifatorial e multidimensional, isto é, são vários os fatores envolvidos que podem levar ao consumo de substâncias que conduzem à dependência. São considerados essencialmente 3 grupos de fatores que podem conduzir à dependência:
Consumo de substâncias com determinadas propriedades farmacológicas;
Características pessoais dos indivíduos que consomem essas substâncias;
A natureza do contexto sociocultural em que tais consumos se produzem;
Definição de droga da OMS
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), droga é toda a substância que introduzida no organismo vivo modifica uma ou mais das suas funções. Esta definição engloba substâncias ditas lícitas - bebidas alcoólicas, tabaco e certos medicamentos – e, igualmente, as substâncias ilícitas como a cocaína, LDS, ecstasy, opiáceos, entre outras.
Definição de dependência
OMS define o conceito de dependência como sendo um estado psíquico e por vezes físico, caracterizado por comportamentos e respostas que incluem sempre a compulsão e necessidade de tomar a droga, de forma contínua ou periódica, de modo a experimentar efeitos físicos ou para evitar o desconforto da sua ausência, podendo a tolerância estar ou não presente.
Tipos de droga
Existem 3 tipos de drogas de acordo com os efeitos que produzem no Sistema Nervoso Central

(SNC):
1) Drogas depressoras – ex. heroína
2) Drogas estimulantes – ex. cocaína
3) Drogas alucinógenas – ex. LSD

AS DROGAS E SEUS EFEITOS*
* Recomendamos a leitura de outras publicações complementares (ver sites interessantes e Bibliografia) acerca dos efeitos produzidos pelas drogas aqui referidas.

Álcool
O álcool resulta da fermentação de certos alimentos vegetais que consumimos na nossa alimentação (cevada, frutas, entre outras) e o seu consumo é, provavelmente, tão antigo como a humanidade. O seu processo de fabricação sofreu profundas alterações com os avanços tecnológicos.
Efeitos
Após a ingestão, o álcool passa a circular pela
corrente sanguínea atingindo os vários órgãos.
Um dos efeitos imediatos do álcool é o bloqueio
do funcionamento da área do SNC, responsável
pelo controlo das inibições. Sendo esta droga um
depressor, após o seu efeito desinibidor, segue-se
um estado de sonolência, turvação da visão,
descoordenação muscular, diminuição da
capacidade de reação, atenção e compreensão.
Quando tomado em excesso provoca acidez no
estômago, vômitos, diarreia, decréscimo da
temperatura corporal, desidratação, dor de cabeça,
perda de equilíbrio, provocando nalguns casos
coma etílico ou até mesmo morte. O consumo
crônico de álcool afeta diversos órgãos, como o
cérebro, o coração, o estômago, o fígado, o
pâncreas e os intestinos. Tem consequências
sociais graves como a desintegração familiar,
absentismo laboral, perturbação da ordem pública,
acidentes rodoviários, comportamentos violentos
e criminosos e irresponsabilidade social.

Tabaco
O tabaco é uma planta do gênero nicotínico de que existem mais de cinquenta espécies diferentes. Oriundo do continente americano, onde era apreciado pelos seus efeitos alucinógenos, espalha-se pela Europa a partir da época dos Descobrimentos. As formas de consumo são diversas – cigarro, charuto, cachimbo, rapé e tabaco de mascar. Ao queimar o tabaco produzem-se substâncias (cancerígenas) que depois são inaladas passando pelos pulmões, e pelo sangue e que afetam também outros órgãos. A nicotina é a principal substância responsável pelos efeitos produzidos pelo tabaco, sendo ainda a responsável direta pela dependência física.
Efeitos
O consumo do tabaco a longo prazo provoca
inflamação dos brônquios, degenerando em
bronquite crônica e mais tarde em enfisema,
menor resistência física, cancro do pulmão, do
estômago e da boca, doenças cardiovasculares,
úlceras digestivas e risco de aborto espontâneo.
Diminui o aumento de peso e de apetite.

Anfetaminas
Também conhecidas pelo nome de speeds, cristal ou anfes, as anfetaminas são produzidas a partir da Éfedra, uma planta que cresce nas regiões desérticas no mundo inteiro. Foi descoberta em 1926 e utilizada durante vários anos em diversos fármacos, sendo retirada do mercado e até proibida a sua utilização nos anos 70. No início dos anos 80, aumentou a produção ilegal de anfetaminas.
Efeitos
A absorção das anfetaminas pelo organismo e o
sistema nervoso central é bastante rápida, tendo
uma duração de efeitos entre 6 a 12 horas. À
semelhança de outras drogas, as anfetaminas
provocam numa primeira fase euforia, insônia,
autoconfiança, agitação, autossatisfação e um
aumento considerável da capacidade de
concentração e de atenção, razão pela qual têm
bastante sucesso junto dos meios estudantis. Em
alguns casos, verifica-se ainda hiperatividade,
agressividade e falta de apetite.
Outras consequências físicas mais comuns são
taquicardia, transpiração, desidratação, náuseas,
vertigens, dor de cabeça, fadiga, aumento da
tensão arterial e tiques exagerados e anormais da mandíbula. Quando tomadas em
excesso - sobre dosagem - para além dos efeitos anteriores, provocam ainda irritabilidade, alucinações, problemas respiratórios, impotência, convulsões e podem levar à morte. O consumo
contínuo provoca, a longo prazo, graves
depressões, dependência psicológica, tremores, delírios e alucinações que se confundem com o comportamento esquizofrênico e a apatia.


Comprimidos sedativos, hipnóticos,...
Nos meios científicos são mais conhecidos pelo nome barbitúricos, apresentando-se sob a forma de comprimidos de vários tamanhos e cores, que resultam da sintetização do ácido barbitúrico.
Efeitos
Quando administrados em pequenas doses,
provocam sensações de tranquilidade, sendo no
entanto depressores do SNC de fácil dependência.
Em quantidades mais elevadas provocam
diminuição e debilidade do ritmo cardíaco,
dilatação das pupilas, dificuldades respiratórias,
podendo levar o consumidor ao estado de coma,
ou até mesmo, à morte. A longo prazo, o seu
consumo continuado provoca anemia, hepatite,
depressão, descoordenação motora e dificuldade
de expressão verbal. A supressão ou redução
destes psicofármacos nos casos de dependência,
acarreta convulsões, alucinações, desorientação,
vertigens, febres, palpitações cardíacas (síndroma
de abstinência), podendo em alguns casos levar
à morte.

Maconha
As canabináceas derivam da planta Cannabis Sativa, (cânhamo).
Efeitos
A absorção das cannabináceas é muito rápida e
tem um efeito intenso e prolongado. Logo após
o consumo, irrompem sensações de bem-estar,
sonolência, desequilíbrios motores, aumento da
frequência cardíaca e arterial, congestão dos
vasos conjuntivais, dilatação dos brônquios, fotofobia
e tosse. Para além da euforia, verificam-se
pensamentos fragmentados e confusos,
intensificação da consciência sensorial, ansiedade,
alucinações e paranoia. Em longo prazo, o consumo
continuado provoca bronquite, asma, facilitando
a ocorrência do cancro do pulmão, infertilidade
e apatia. A síndroma de abstinência também
pode provocar ansiedade, irritabilidade,
transpiração, tremores e dores musculares.

Heroína
A heroína surge no final do séc. XIX com o objetivo de substituir a morfina, devido aos efeitos nefastos produzidos por esta droga. Contrariamente ao que se pensava inicialmente, a heroína não resolveu o problema, tendo-o ainda agravado. Tradicionalmente injetada, é também fumada ou aspirada, devido ao aumento de contágio de doenças como HIV e Hepatite C.
Efeitos
Trata-se de uma droga com um elevado grau de
dependência. Inicialmente o consumidor obtém
uma intensa sensação de prazer, seguindo-se
uma 2ª fase em que o consumo é induzido, para
se evitar o estado de carência ou ressaca
provocado pela ausência da substância. Os
primeiros sintomas são - variando de indivíduo
para indivíduo - sonolência, euforia, depressão
da respiração, incapacidade de tossir e comichão
na pele. A longo prazo os consumidores sofrem
de hipersensibilidade à dor, náuseas, dores
musculares, inquietação, insônia, ansiedade,
transpiração, taquicardia, febre e prisão de ventre.

Cocaína
A cocaína deriva da folha do arbusto da coca, uma planta de origem sul americana que foi durante muitos séculos utilizada para diversos fins. Com os avanços tecnológicos, a cocaína aparece comercializada, ilegalmente, sob a forma de um pó branco habitualmente consumido através de inalação, absorção pelas mucosas ou via intravenosa. É considerada a droga com maior potencial de dependência.
Efeitos
Os efeitos imediatos da cocaína são numerosos,
verificando-se ausência de fadiga, de sono e de
apetite, bem como o incremento da euforia e da
autoconfiança. Intenso bem-estar,
comportamento tendencialmente prepotente,
aumento do ritmo cardíaco, tensão arterial e
desejo sexual - embora com possível ocorrência
de dificuldades de ereção – são outras
consequências possíveis. Em caso de overdose,
a cocaína pode provocar ataques cardíacos e/ou
paragens respiratórias. O consumo prolongado
da cocaína provoca crises de ansiedade e de
pânico, apatia sexual e/ou impotência, bulimia,
anorexia, diminuição da memória e da
concentração.

Ecstasy
Esta droga foi patenteada em 1914 como medicamento cujo intuito era reduzir o apetite, não chegando, porém a ser comercializada. Só mais tarde, a partir dos anos 60, é que passou a circular de forma ilegal.
Efeitos
Os primeiros sintomas são secura da boca,
diminuição do apetite, ranger dos dentes,
taquicardia, dilatação das pupilas, dificuldade de
caminhar, vontade de urinar, tremores,
transpiração, cãibras, insônia, euforia, diminuição
da agressividade. Os efeitos secundários são
cansaço, sonolência, dores musculares, dor de
cabeça, secura da boca, dores nas costas e
perturbações psicológicas. O uso exagerado de
ecstasy provoca arritmias, podendo levar à morte
súbita por colapso cardiovascular, acidente vascular cerebral,
 hipertermia ou insuficiência renal aguda.


SINAIS DE ALERTA
O que leva uma pessoa a consumir drogas?
São variados os fatores que levam ao consumo e geralmente estão combinados. Por exemplo:
Curiosidade
Desejo de viver outras experiências
Procura do prazer / diversão
Desejo de testar limites e transgredir regras
Pressão dos pares
Desafio à autoridade
Desejo de afirmação
Informação incorreta ou ausência de informação
Fuga dos problemas. 

Fonte do texto: Manual de Prevenção do Uso de Drogas para Mediadores. Editora Caminho.

quinta-feira, 6 de março de 2014

“Drogas: articulando redes”

Atendendo ao projeto interinstitucional “Drogas: articulando redes”, que conta com a parceria do Ministério Público, do Instituto Crack Nem Pensar, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS),  da Assembléia Legislativa, do Governo do Estado do RS, do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) e da UNIPAMPA, voltado para a articulação de redes no tocante às drogas, nas áreas do cuidado, prevenção e autoridade, no qual a Unipampa ficou com o compromisso da prevenção listamos abaixo alguns sites que podem trazer esclarecimentos importantes sobre o tema DROGADIÇÃO para servidores, discentes e comunidade acadêmica.

http://www.obid.senad.gov.br/portais/CONEDRS/

http://toxicologiasocial.blogspot.com.br/2011/04/folheto-informativo.html
http://www.antidrogas.com.br